São Paulo, quarta-feira, 2 de novembro de 1994
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Brasileiro critica interatividade em Mac

MARIJÔ ZILVETI
DA ENVIADA ESPECIAL

Cético quanto ao uso de realidade virtual, o artista plástico Carlos Azambuja usou um Macintosh para mostrar ao público da 2ª Mostra Atlantic de Realidade Virtual que essa tecnologia pode levar o usuário a outras reflexões.
"Uma interface não muito amigável" convida o público a entrar em um labirinto e questionar o uso de tecnologias da microinformática nos dias de hoje.
Ao simular a abertura do Gerenciador de Arquivos do "Windows", uma voz digitalizada diz a você para aguardar um minutinho. "O gerente foi tomar um cafezinho e volta rápido."
O sistema operacional do Macintosh traz no menu de comandos um cardápio de um restaurante imaginário. Em vez do item arquivo está a opção antepasto. Ao clicar o item pizza, surge a figura de um entregador correndo para levar a refeição ao cliente.
Durante o trajeto, porém, sons de sirene de um suposto carro da polícia seguidos de tiroteio dão a entender que o entregador era ladrão. Aparece então uma mensagem na tela dizendo que o programa não foi executado porque houve uma "queima de arquivos".
Para criticar o uso da realidade virtual, Azambuja propõe ao usuário uma viagem pela mata. Chega a ridicularizar o uso dessa tecnologia, mostrando a foto de um par de pés descalços em meio a um "virtual mundo verde".
(MZ)

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