São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994
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Espancadores dizem ter sido 'provocados'

DA FOLHA ABCD

A advogada Lúcia Regina Gomes, contratada ontem para defender os irmãos Reinaldo, Alexandre e Antonio Malpica da acusação de tortura contra dois jovens, afirma que seus clientes foram atacados.
Segundo ela, os irmãos e um grupo de palmeirenses teriam sido "agredidos verbalmente" pelos ajudantes-gerais Rosivaldo Queiroz Barros, 25, e Manuel Damião Souto da Silva na subsede da Mancha Verde em Santo André.
"Eles dizem que revidaram as agressões sofridas", diz Lúcia. "No calor" da discussão entre as partes, as agressões teriam partido de ambos os lados. "Eles se sentem injustiçados", afirmou Lúcia.
Pela versão de Barros e Silva, confirmada pelos adolescentes C.S.C., 17, E.S.N., 12, e D.C.O., 17, que são integrantes da Mancha e colegas dos acusados, os dois torcedores foram espancados porque Silva usava uma camisa do São Paulo.
Lúcia não soube dizer se os irmãos se machucaram durante as agressões.
A advogada, que atua no caso em companhia do advogado Vidal Silvino, informou ainda que os acusados negam a acusação de terem urinado em Silva e Barros.
A advogada pode defender ainda um quarto torcedor acusado, conhecido como André.

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