São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994 |
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É a nona
CARLOS SARLI Nos últimos dias tenho ouvido um bocado de reclamações sobre a cobertura no jornal dos eventos de surfe que estão rolando no país. Argumentar sobre a escassez de papel ou a importância do Mundial de Vôlei não tem ajudado. Então vou centrar o foco.Em sua 9ª edição, o Hang Loose Contest contou mais uma vez com as bençãos de Netuno. Quem esteve em Florianópolis em 86 e acompanhou um dos campeonatos com as melhores ondas da história da ASP e os outros Hang Loose, entenderá o "mais uma vez". Infelizmente, nem de longe as ondas se comparam àquelas da 1ª versão. Mas o mar ajudou, especialmente no final de semana quando os pré-classificados da ASP pegaram os competidores que vinham das triagens mais os pré-classificados do Brasileiro, num total de 144 competidores, sendo 43 estrangeiros. A melhor surpresa foi a 2ª colocação do paulista de Itanhaém Fábio "Binho" Nunes, 18. Depois de conquistar os títulos paulistas nas categorias mirim e open, ter sido vice-campeão pan-americano e ter se destacado no time brasileiro no Mundial Amador, Binho se profissionalizou este ano, e terá uma longa carreira pela frente. Pedro Muller manteve a regularidade garantindo o 3º lugar. Victor Ribas ficou em 4º subindo para o sexto lugar no WQS e ficando ainda mais perto do título do Circuito Brasileiro Profissional. O Hang Loose, assim como todas etapas do WQS no Brasil, conta pontos para o circuito doméstico junto com os campeonatos regionais. Faltando duas etapas, o título brasileiro ainda é disputado por uma meia-dúzia de competidores, principalmente porque a última etapa, sendo três estrelas, somará 50% a mais de pontos. Joca Jr., Wagner Pupo, Peterson Rosa e Ricardo Tatuí são os que mais ameaçam o título inédito de Ribas. Tinguinha e o "rookie" (surfista que mais evoluiu na última temporada) Jojó de Olivença não foram bem na etapa, sendo eliminado. Fábio Gouveia e Teco Padaratz, da equipe Hang Loose, terminaram em 5º e 9º, respectivamente. Renan Rocha e Erick Miyakawa também chegaram em 9º. O australiano Matt Hoy, único estrangeiro na bateria final, foi o grande vencedor. Em 90, ele já havia feito uma final do Hang Loose quando perdeu para Fábio Gouveia, na primeira vez que um brasileiro venceu uma etapa da ASP. O australiano ocupa apenas a 34ª posição no ranking da segunda divisão, que garante acesso aos 16 primeiros à divisão principal. Nesta ele está na 25ª e, portanto, até o momento entre os 28 que permanecem ano que vem no Circuito. Hoy recebeu US$ 5.000 e um belo troféu das mãos de seu amigo e parceiro de surfe Igor Cavalera, da banda trash Sepultura. Texto Anterior: Lateral revolta-se contra Lazaroni Próximo Texto: Notas Índice |
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