São Paulo, sábado, 5 de novembro de 1994 |
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PMDB apóia Covas e pode integrar governo
EMANUEL NERI
O presidente em exercício do PMDB, João Leiva, disse que 70% dos deputados e prefeitos do PMDB paulista já estão apoiando Covas. Os peemedebistas estão no governo paulista deste 1983. Leiva afirmou que o PMDB tem "serviços a oferecer" ao novo governo. Segundo ele, o ato em apoio a Covas foi o "início de apoio futuro" a uma eventual administração tucana. "Tenho lutado para que esse apoio seja incondicional, para evitar o 'é dando que se recebe"', disse Leiva. "Mas não há problema de participar do novo governo." Com a mesma origem do PSDB, o PMDB ocupa atualmente cerca de 3.000 cargos de confiança no governo paulista. Gostaria de manter pelo menos parte desses cargos sob seu domínio. O PMDB paulista elegeu 14 deputados federais e 23 estaduais. A bancada estadual é fundamental para Covas evitar dificuldades na Assembléia Legislativa –seu partido elegeu 17 deputados (o PFL, coligado, elegeu cinco). Com o isolamento político do candidato Francisco Rossi (PDT), praticamente todo o PMDB paulista está aderindo a Covas. Dos 37 deputados federais e estaduais eleitos, apenas seis estão com o pedetista. O governador Luiz Antonio Fleury Filho tenta manter uma postura neutra na sucessão, mas três de seus secretários compareceram ontem ao ato de apoio ao candidato tucano. No início do segundo turno, Fleury tentou condicionar seu apoio a Covas à garantia de que não haveria investigação sobre seu governo. Não obteve êxito. Cinco artistas (Vera Zimmermann, Cláudio Cury, João Vitti, Mayara Magri e Cássio Scapin) foram ontem ao comitê de Covas para apoiá-lo. Mas o candidato se atrasou e eles se reuniram apenas com Lila Covas, mulher do senador tucano. Texto Anterior: Carismáticos aderem a repúdio contra Rossi Próximo Texto: OS PROBLEMAS DE SÃO PAULO Índice |
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