São Paulo, sábado, 5 de novembro de 1994
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Exército monta guarda em velório de tenente

FM
DA SUCURSAL DO RIO

Dezenas de militares –entre eles um general, dois coronéis e outros oficiais– acompanharam ontem o enterro do segundo-tenente Marcos Paulo Lisboa Marinho, oficial do CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) do Exército.
Uma prima de Marinho, que disse chamar-se Solange, descartou a hipótese de o crime estar relacionado com a participação do Exército no combate à criminalidade no Rio. Ela disse não saber a razão do assassinato.
Marinho teve direito a honras fúnebres: 30 soldados fizeram disparos de fuzil quando o caixão, coberto com a bandeira do Brasil, era levado em direção ao túmulo, no cemitério de Irajá (zona norte do Rio).
Cerca de 300 pessoas acompanharam o enterro. Durante o velório, a capela onde estava o corpo permaneceu vigiada por soldados do Exército.
Os oficiais presentes ao enterro, entre eles o general Licínio e os coronéis Terra Amaral e Hallais, evitaram dar declarações aos jornalistas.
Marinho foi assassinado anteontem à noite quando chegava em sua casa, no bairro de Bento Ribeiro, subúrbio da zona norte do Rio.
Ele foi baleado por dois homens que ocupavam uma Brasília branca, segundo testemunhas. Nada foi roubado.

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