São Paulo, sábado, 5 de novembro de 1994
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Presos dois dos matadores mais procurados pela polícia

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois dos criminosos mais procurados de São Paulo foram presos quarta e quinta-feira passadas.
Lauro Carlos Gabriel, 32, o Ceará, e Luiz Antonio da Silva, 33, o Tinuca, são dois dos dez matadores que fugiram do COC (Centro de Observação Criminológica do Carandiru), na zona leste de São Paulo, em 25 de janeiro. Quatro foram recapturados.
A Equipe de Leste da Delegacia de Homicídios, chefiada pelo delegado Carlos Targino da Silva, 39, recebeu há dois meses a informação de que um matador de nome Ceará estaria atuando no centro de São Paulo.
Desconfiada de que se tratava de Gabriel, a polícia passou a realizar investigações, até chegar ao bar "Testa de Ouro", na rua Vergueiro (zona sul de SP), de propriedade da amante de Gabriel.
Após confirmar que se tratava do fugitivo, a polícia conseguiu prendê-lo na madrugada de quarta-feira, quando Gabriel chegava ao bar dirigindo um Monza.
Tinuca foi preso pela delegada Telma Regina Violi, 30, anteontem à noite, na casa de sua mãe, na favela Santa Terezinha, em Santo Amaro (zona sul).
A polícia havia recebido a informação anônima de que ele estaria no local ou no Jardim São Jorge (zona sul), onde morava.
"A prisão de dois no intervalo de apenas um dia foi uma feliz coincidência", disse a delegada.
Ceará é acusado de mais de 20 homicídios. Junto com outro fugitivo, Jonas Felix da Silva, é acusado pelo assassinato de dois filhos e dois sobrinhos do prefeito de Sabinópolis (MG), em 22 de maio de 92, após uma briga de trânsito.
Jonas é atualmente o criminosos mais procurado pela delegacia de homicídios.
"A presença dele e do Ceará nas ruas significa que muitas mortes estão acontecendo", disse o delegado Targino da Silva.
Cem homicídios
Segundo a polícia, o bando fugitivo seria responsável por mais de cem homicídios. Além de Ceará e Tinuca, mais dois já foram recapturados: Manoel José dos Santos, o Mané Binha, no dia 9 de março, e João dos Santos, 32, o João Balaio.
Santos foi preso na madrugada de 25 de outubro deste ano por policiais da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo.
Condenado pela Justiça a 148 anos de prisão e apontado como um dos principais matadores da zona sul da cidade, Santos é suspeito de 30 assassinatos e responde a 21 inquéritos por homicídio.

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