São Paulo, sábado, 5 de novembro de 1994
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Preços nos supermercados sobem 0,18%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

As primeiras pesquisas de novembro mostram uma acomodação dos preços, após a forte aceleração ocorrida em outubro.
Os reajustes nos supermercados nesta semana foram de 0,18%, contra 0,31% na anterior. Nos hipermercados, houve queda de 0,31%, em média, contra estabilidade na semana anterior.
Os dados são do Datafolha, que pesquisa preços em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo nos setores de alimentação, artigos de limpeza e produtos de higiene e de beleza.
O custo da cesta básica também perdeu ritmo nos últimos dias, após registrar fortes acelerações no final de outubro. Pesquisa do Datafolha mostrou que os alimentos básicos tiveram queda de 0,15% na semana.
Vários itens continuam em alta, como feijão, ovos, batata e cebola. Estas altas foram compensadas pela redução de arroz, açúcar, café e tomate.
A pesquisa de custo da cesta básica do Procon/Dieese também registrou desaceleração na semana. Ontem o custo médio era de R$ 106,47, com queda de 0,22% em relação à semana anterior.
Os preços atuais da cesta básica retornaram aos patamares médios praticados pelos supermercados no final de junho último. Naquela data, o custo médio era de 106,95 URV.
Os alimentos continuam puxando as altas na pesquisa do Procon/Dieese, mas com intensidade menor.
A carne bovina, a principal responsável pela aceleração da cesta em outubro, começou a cair no atacado. Esta queda também se refletiu no varejo. Ontem os paulistanos pagavam 3,5% menos pela carne de segunda (músculo) nos supermercados do que na última quinta-feira.
A única pesquisa a registrar elevação de preços neste início de novembro foi a do Índice de Preços no Varejo da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. A alta na primeira semana foi de 1,18%. Os reajustes estiveram concentrados em carros novos (3,11%), autopeças (1,59%), móveis e decorações (3,46%).
O setor de vestuário teve alta de 2,09%, mas os tecidos ficaram com a maior desaceleração da semana (-3,66%).
A previsão para esta semana era de uma pressão maior dos preços nos supermercados, o que não ocorreu. Os donos de redes de supermercados basearam suas previsões nas novas listas de preços que receberam das indústrias.
Estes aumentos ocorreram em vários produtos, principalmente alimentos, mas foram compensados pela queda de outros.
As primeiras pesquisas de novembro de preços confirmam previsões da Fipe de que a taxa de inflação deste mês deve ser inferior à registrada em outubro. (MZ)

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