São Paulo, sábado, 5 de novembro de 1994 |
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França inicia festa de um século do cinema
ANDRÉ FONTENELLE
A mostra no Centro Georges Pompidou vai até 6 de março de 95. Ela apresenta filmes, aparelhos e documentos que marcaram a história da empresa e do cinema. Entre os filmes exibidos, duas curiosidades: curtas eróticos produzidos antes da Primeira Guerra Mundial, para sessões privadas, e filmes colorizados já em 1909. A empresa foi criada em 1896 por Charles e Émile Pathé, comerciantes de fonógrafos. A idéia que catapultou Pathé foi simples: a partir de 1907, em vez de vender seus filmes, a empresa passou a alugá-los. Rapidamente, a empresa se tornou um império mundial, com sucursais no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Seu símbolo, o galo que canta, estava em toda parte. "Não há centímetro quadrado do planeta que não tenha sido pisado por um representante de Pathé", dizia um anúncio da época. No entanto, Pathé passou por altos e baixos em sua história. Após o fim da Primeira Guerra, parou de produzir filmes até os anos 30. Nunca mais a empresa seria uma grande produtora. Mesmo assim, alguns de seus filmes marcaram época, como "Les Enfants du Paradis" (Marcel Carné, 1945). Outras duas produções Pathé, "La Dolce Vita" (Federico Fellini, 1960) e "O Leopardo" (Luchino Visconti, 1963), ganharam a Palma de Ouro em Cannes. A exposição mostra os figurinos de Burt Lancaster –morto no mês passado–, Claudia Cardinale e Alain Delon em "O Leopardo". Nos anos 70, Pathé abandonou de novo a produção, para se dedicar a suas salas de cinema. Em 1990, culminando a decadência, nova crise levou à venda da empresa ao grupo francês Chargeurs. Hoje Pathé detém cerca de mil salas de cinema na Europa. Texto Anterior: Exposição apresenta trabalhos de Lina Bo Bardi ao público inglês Próximo Texto: Memórias de Marlon Brando chegam às livrarias do país Índice |
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