São Paulo, domingo, 13 de novembro de 1994
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Fazenda já estuda volta de consórcio de eletrodoméstico

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro Ciro Gomes (Fazenda) disse, ontem, em Brasília, que o governo já estuda a volta dos consórcios de eletrodomésticos.
A formação de novos grupos deste tipo de consórcio foi suspensa pelo governo dentro do pacote de medidas anticonsumo, baixado em 19 de outubro.
Na época, a equipe econômica disse que a medida visava evitar que o excesso de consumo produzisse falta de produtos e alta de preços até o final do ano.
Falando a uma rede nacional de rádio, Ciro afirmou que a suspensão dos consórcios de eletrodomésticos -"uma providência amarga, mas essencialmente transitória"- pode ser revertida.
O ministro disse estar reavaliando a decisão e que se não houver risco de desabastecimento no Natal "vamos certamente liberalizar essas providências que tomamos".
Ciro descartou a suspensão por seis meses da chamada denúncia vazia na locação de imóveis –uma idéia sua que teria agradado o presidente Itamar.
"A idéia era ajudar o locatário a equilibrar sua relação com o locador, colocando um freio no abuso que está acontecendo neste mercado de locação com relação ao aumento do valor dos aluguéis", explicou.
Ciro disse ter descartado a medida porque foram encontradas restrições jurídicas. A Constituição não permitiria que a suspensão da denúncia vazia pudesse ser implementada nos contratos em vigor. E a intenção do governo, disse o ministro, era justamente "ajudar" os atuais locatários.
"Já comuniquei ao presidente Itamar Franco que talvez o governo tenha que encontrar outro mecanismo que não esse de suspender, como era minha intenção, por seis meses a denúncia vazia."

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