São Paulo, domingo, 13 de novembro de 1994 |
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Jornais compram e vendem as desgraças
ANDY BECKETT
Para operar esse mercado, criou-se uma cadeia cada vez mais complexa de repórteres e vendedores de furos. As notícias são repassadas de bares e delegacias de polícias a jornais semanais de cidadezinhas do interior, dali para agências locais de notícias e a seguir para as redações dos jornais. Cada elo garante sua participação no dinheiro e prestígio e as histórias são repetidas e exageradas. Mas conseguir que sua história triste chegue aos jornais ainda é um processo doloroso. As vítimas de infortúnios pessoais são frequentemente bombardeadas por ofertas concorrentes, poucas horas depois de sofrerem desastre. Um tablóide pode comprar uma história de desastre pessoal por US$ 3,2 mil para a primeira página, ou pagar US$ 32 mil se os outros tablóides também estão interessados, ou nem sequer publicá-la se aparecer algo mais interessante. Os casos ilustrados a seguir mostram como se deram alguns dos infelizes que se tornaram celebridades neste ano. Tradução de Clara Allain Texto Anterior: Barcos apostam na claustrofobia Próximo Texto: Mãe fala de bebê raptado Índice |
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