| São Paulo, domingo, 13 de novembro de 1994 |
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PÊNALTI Acompanha futebol? "Sim, é muito legal. Você já sabe como é, mas sempre se surpreende" Futebol é bola na rede? "Não. O gol frustrado tem uma dramaticidade que me interessa" Sofre como torcedora? "Não, sou quietinha. Se o Flamengo perde, não saio xingando" Em que torcida fica? "Não tenho uma identidade com torcidas. Gosto de ir ao estádio pagando minha cadeirinha, civilizada" PLATÉIA Formação: Ginásio completo Está rica? "Muitas pessoas acham que sim, mas tenho um apartamento em Santa Tereza e um Gol. Deveria, porque faço parte da elite teatral" Teatro dá dinheiro? "O tipo que eu faço, de estudo, não. Sempre vai precisar de subvenção e nunca tem. Meu último discurso é falar: 'Olha que a gente morre, hein?' O Glauber Rocha morreu" Onde você já morou? "Minha filha fez as contas, disse que mudei 38 vezes. São Paulo, Avaré, Capivari, Presidente Prudente, Campinas, Los Angeles..." Por que suas peças sempre têm nudez? "É decorrente dos espetáculos. Em 'Orlando', a Fernanda Torres agradecia pelada. Em 'Viagem', era o papel da vaca. E em 'Futebol', tem o Zeca Camargo, achei interessante despir um padre" E fora do palco? "Vivo pelada em casa" O que acha de revista de mulher nua? "A sociedade está aí para isso. Um lado nosso quer corpo mesmo. Tem um momento no seu dia que você vai querer ter uma 'Playboy"' PALANQUE Em quem votou para presidente? "Estava viajando, mas votaria no FHC" É anti-PT? "Não, adoro a Erundina, por exemplo. É absurdo ela não estar no Senado. Não voto em partido, mas em pessoas. Adoro Tasso Jereissati, Ciro Gomes..." Como define o Brasil politicamente? "Um país alucinado. Na eleição passada, elegeu o Collor; nessa, o FHC. O processo é ilógico, não é de amadurecimento lento" Texto Anterior: A provável seleção de ouro da diretora Próximo Texto: PALCO Índice |
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