São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 1994 |
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Buaiz e Camata dividem mesmas ruas em comícios
FERNANDO MOLICA
No sábado, último dia permitido para campanha, Vitor Buaiz, do PT, e Cabo Camata, do PSD, promoveram comícios na rua Fernando Duarte Rabello, em Vitória, e na rua Expedito Garcia, no município de Cariacica (vizinho à capital capixaba). Em Vitória, os carros de som dos candidatos ficaram a uma distância de menos de 500 metros. Em Cariacica, a distância entre os palanques era um pouco maior, cerca de um quilômetro. De alguns pontos da rua era possível ouvir as vozes dos dois candidatos. Apesar de algumas provocações não chegou a haver conflitos durante os comícios. Buaiz reuniu públicos maiores que Camata nas duas manifestações. Em Cariacica, sua vantagem era pequena, mas, em Vitória parecia haver diante de seu palanque um número de pessoas superior ao que se concentrava em frente ao de Camata. Os PMs presentes aos dois comícios não quiseram fazer avaliações de público. Na tarde de sábado chegou a haver, na avenida Cezar Hilal, em Vitória, um encontro das carreatas promovidas pelos dois candidatos. As carreatas seguiam em direções opostas. Houve troca de ofensas, mas nenhuma agressão. Críticas Nos últimos dias da campanha, os candidatos radicalizaram as críticas aos adversários. Um jornal de Camata acusou Buaiz de não acreditar em Deus, defender o casamento de homossexuais e ser a favor do aborto. No comício de Cariacica, Camata disse que Buaiz era "o homem mais sujo de Vitória". Classificou o PT de "nojento" e os militantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) de "baderneiros, desordeiros e desocupados". Buaiz voltou a acusar Camata (ex-cabo PM) de ter ligações com grupos de extermínio e de ser "o candidato da contravenção". "Sou o candidato da vida contra a violência", afirmou. O combate ao crime é a principal bandeira de Camata, que ironizou as críticas do adversário. "Será que sou o 'Exterminador do Futuro 10"'? Na manhã de ontem, Buaiz assistiu a uma missa na catedral e percorreu feiras e praias da região metropolitana de Vitória. Camata, segundo seu principal assessor, Antônio Cabral, permaneceria em casa pois estava passando mal. Texto Anterior: Frentes racham e mudam estratégias Próximo Texto: Tropas vão ficar de prontidão Índice |
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