São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 1994
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Entrada de Roriz eleva o clima da disputa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A entrada em ação do governador Joaquim Roriz aumentou ainda mais o clima passional da disputa no DF.
Licenciado para trabalhar por Valmir Campelo, Roriz percorre as cidades-satélites pedindo votos para o aliado.
Em quatro dias, visitou quase 20 localidades e ao que parece, com sucesso: Valmir, que estava atrás de Cristovam nas últimas pesquisas, já aparece empatado.
Roriz, um goiano carismático, ainda bonitão aos 57 anos e com uma gestão marcada pela distribuição de lotes a famílias desabrigadas, faz um discurso alarmista contra o PT.
"Se eles ganharem será o caos", "Eles não gostam de pobres" e "A violência vai tomar conta de Brasília" são suas máximas enquanto caminha entre a multidão que o segue, sobretudo nos assentamentos.
À frente, no carro de som, o locutor narra tudo: "Aí vem aquele que nos livrou do cativeiro do aluguel. Ele vem com passos largos como um leão, mas um leão cheio de amor".
Lotes
Roriz sabe que a distribuição de lotes é a mola propulsora de sua popularidade. "Fazer o bem dá votos", disse o governador à Folha depois de uma caminhada pró-Valmir.
Ele apenas especula sobre os locais onde Campelo vence, mas tem certeza de que nos assentamentos o aliado pode contar com 90% dos votos no segundo turno –daí o codinome "traidor", por ele mesmo inventado, a quem adere a Cristovam Buarque mesmo tendo recebido um lote.

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