São Paulo, segunda-feira, 14 de novembro de 1994
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Para Ivan, 'todos erraram'

DA REPORTAGEM LOCAL

Ivan Garcia da Silva, 19, adora ir a bailes no Aramaçan com a namorada Bianca, que é corintiana. Nela, ele nunca bateu.
Ivan concluiu o 2º grau e está desempregado, pretende estudar contabilidade. Gosta de televisão, do Metallica e vê MTV.
Mora com a mãe, separada, e com um irmão mais velho, que sustenta a casa.
Folha – Usar a camisa do São Paulo é provocação?
Ivan – Não. Eles não mereciam. O pessoal estava nervoso, um bateu e aí virou pancadaria. Os dois lados erraram. Quem bateu e quem apanhou. Eu não iria a uma sede de torcida com a camisa de outro time.
Folha – A violência em campo influencia a torcida?
Ivan – Nem tanto. A polícia não revista direito. Não é a torcida. Se um cara leva uma bomba, não quer dizer que seja a torcida.
Folha – Você já apanhou de outras torcidas?
Ivan – Já. Numa estação de trem em Santo André.
Folha – O que você acha que vai acontecer com os acusados?
Ivan – Várias pessoas batem. Só porque eu saí numa foto sou o culpado? Tem que descobrir as pessoas certas e punir. Eu garanto que não estava na briga e não volto mais para a torcida.

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