São Paulo, segunda-feira, 21 de novembro de 1994
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Aposentadorias; Felicidade no amor; Pentecostes, filha cristã; Espaço para o leitor; Formas de preconceito; Itamar e os petroleiros; Parlamentares em Nova York; Administradores e imprensa; Recordes do futebol; F-1 sem graça

Aposentadorias
"Com referência às recentes declarações do governador do Estado, é de meu dever prestar o seguinte esclarecimento: 1. não recebo, e nunca recebi, cinco aposentadorias. Essa história, apesar de meus desmentidos, vem sendo maliciosamente repetida por adversários políticos nas campanhas eleitorais. E conseguem provocar a confusão de que foi vítima o governador. Realmente, em face da lei, eu teria direito a tais benefícios, mas não os recebo. 2. Sempre trabalhei muito em minha vida. Como professor, lecionei em três universidades –USP, PUC e UnB–, que têm distintos regimes de previdência. Ao ser aposentado, compulsoriamente, aos 70 anos, teria direito às respectivas pensões. Mas, desde logo, abri mão desses benefícios e solicitei às universidades que os aplicassem integralmente em bolsas de estudo destinadas a estudantes carentes. E assim foi feito. 3. A pensão como ex-parlamentar a que tenho direito será automaticamente suspensa na data de minha posse como deputado federal, no próximo dia 1º de fevereiro. 4. Passarei a receber unicamente a pensão a que tenho direito como advogado aposentado da Procuradoria de Assistência Judiciária."
André Franco Montoro, deputado federal eleito pelo PSDB-SP (São Paulo, SP)

Felicidade no amor
"Aprendi a admirar e tirar o chapéu para o grande Josias de Souza. Mas li na edição de 7/11 algo que me fez concluir que não conheço tão bem o admirado Josias. Honestamente, caro Josias, não posso entender a razão de tamanho rancor com o presidente Itamar. Ou será que dói no articulista a tentativa do cidadão Itamar tentar reconstruir sua vida sentimental? Será que as pessoas, ainda que seja o primeiro mandatário do país, não devem buscar a felicidade no amor?"
Antônio Pedro da Silva Melo (São João del Rei, MG)

Pentecostes, festa cristã
"Sou filho, neto, bisneto, tataraneto de metodistas. A celebração do Pentecostes sempre foi momento importante no nosso calendário litúrgico. Outras igrejas protestantes celebram o Pentecostes. Os cristãos ortodoxos gregos celebram o Pentecostes. Qual não foi minha surpresa ao ler na Folhinha de 11/11, à pág. 6-4, que o Pentecostes é 'festa da Igreja Católica'. Já me dirigi outras vezes ao jornal reclamando da maneira como os protestantes e pentecostais são discriminados no noticiário da chamada grande imprensa."
James William Goodwin Jr. (Belo Horizonte, MG)

Espaço para o leitor
"A leitura dos artigos do ombudsman da Folha, Marcelo Leite, ajuda-me a compreender mais facilmente o significado e a importância desse veículo de comunicação, aguça o senso crítico e nos torna mais exigentes. Contudo, não basta o senso crítico: é necessário dispor de espaço para interagir com a Redação e o público leitor. Nesse sentido, gostaria de questionar o Painel do Leitor. A meu ver, ele tem servido preferencialmente às personalidades do meio intelectual, político, empresarial etc. e às manifestações de adulações. Neste espaço, o leitor comum tem sido secundarizado."
Antonio Ozaí da Silva (São Paulo, SP)

Formas de preconceito
"É interessante notar como a expressão do preconceito pode variar desde as formas mais grosseiras e evidentes até as mais sutis. Querer discutir esse tema é questão muito delicada pois, conforme demonstrou Marilene Felinto no seu artigo publicado no caderno Mais! de 13/11, corre-se o risco de no ardor da defesa escorregar nas próprias culpas e discriminações. O fato é que a própria articulista, no afã de defender os negros, acabou se envolvendo de tal forma no calor de seus argumentos que acabou por incorrer no mesmo erro de que acusava seus colegas: o de denunciar seus próprios preconceitos na referência leviana e desnecessária feita aos judeus."
Malvina Muszkat (São Paulo, SP)

"Estou escrevendo para parabenizar Marilene Felinto pelo artigo sobre o livro 'The Bell Curve' (Mais!, 13/11). Ela foi a única pessoa que escreveu um texto sensato sobre o polêmico tema do racismo. Ela está de parabéns."
Ismarley Lima Xavier (São Paulo)

Itamar e os petroleiros
"Em maio, a nação aplaudiu a corajosa determinação do presidente de resistir e contrapor-se ao corporativismo do Supremo Tribunal Federal e do Legislativo, que pretendiam atribuir-se salários abusivos. Como agora aplaudir-lhe a pusilanimidade ante o corporativismo totalitário dos petroleiros? Como respeitar um presidente que não respeita sequer as pessoas de sua confiança, seus ministros?"
Egydio Busanello (São Paulo, SP)

Parlamentares em Nova York
"A respeito do texto de Josias de Souza 'Procura-se indignação' (15/11) informo: ela foi encontrada. Ao arrepio de Osvaldo Aranha, parlamentares brasileiros desenbarcaram na ONU como 'ouvintes'. Ninguém é inocente. Não substimem nosso povo."
Alba Prado (São Paulo, SP)

Administradoras e imprensa
"A grande maioria que vive em condomínios é vitimada por péssimas e caras administrações, resultando em deterioração das condições de vida, elevação das despesas condominiais e desvalorização dos imóveis. A imprensa sonega informações de como eliminar fácil e imediatamente, de forma indolor, despesas improdutivas, não quer melindrar as administradoras (anunciantes), que 'plantam', em generosos e constantes espaços, 'informações' que lhes interessam."
Henrique C. Reis (São Paulo, SP)

Recordes do futebol
"Já que o futebol paulista, mais especificamente o São Paulo, pretende com justiça entrar no 'Guiness Book', com o feito histórico de ter jogado duas partidas de futebol no mesmo dia, em dois torneios diferentes, com um jogador (Juninho) tendo atuado nos dois jogos, o que seria inédito mundialmente, vai aqui outra sugestão, de outro feito também histórico do nosso futebol, nunca reivindicado: Luizinho (Luiz Mesquita de Oliveira), ponta-direita do Palestra Itália, jogando contra o mesmo São Paulo, que depois viria a ser o seu time, por volta de 1929, fez três gols em quatro minutos, segundo relato que me fez em 1992."
Luiz Ernesto Kawall (São Paulo, SP)

F-1 sem graça
"Não sejamos injustos com Michael Schumacher como foi em 17/11 a leitora Andréia Cristina Martins da Costa. Presenciamos, sim, um campeonato medíocre. Sem adversários, o conjunto Benneton/Schumacher venceu o campeonato de 94 muito antes de Adelaide. Tanto que a Foca e Fisa perceberam que se não houvesse alguma manobra de 'tapetão' o título estaria definido cinco ou seis provas antes da final."
João Carlos Schleder (São Bernardo do Campo, SP)

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