São Paulo, domingo, 27 de novembro de 1994
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Polícia ignora casa de jogos

PAULO YAFUSSO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

O diretor-geral de Polícia Civil, Modesto Lopes da Silva, disse que desconhece a existência de um cassino em Cuiabá. "Não vou falar sobre isso. Só quem pode falar é o secretário", afirmou.
A Agência Folha procurou o secretário de Segurança Pública, Rubens Vuolo, e o subsecretário, José Corbelino, na sexta-feira. Os dois não foram localizados. A reportagem telefonou quatro vezes para o gabinete dos dois. Não houve retorno das ligações.
O presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Mato Grosso, Kazuho Sano, também afirmou que não sabia nada sobre o cassino. "Minha área é cultura e turismo. Cassino é contravenção."
O ex-secretário da Segurança Pública do Estado, Oscar Travassos, confirmou à Agência Folha que no ano passado determinou à Polícia Militar o fechamento do cassino da Estância 21.
Travassos declarou que é preciso rever a legislação que define os jogos de cassino como uma contravenção. "Avançar o sinal também é uma contravenção e até há pouco tempo o bingo também era", afirma o ex-secretário.
Ele disse que essas e outras situações criadas pela legislação atual causam "dramas horríveis para a segurança", citando como exemplo o fato de que, por se tratar de uma contravenção, o dono do cassino quando preso é liberado com o pagamento de fiança e responde processo em liberdade.
(PY)

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