São Paulo, domingo, 27 de novembro de 1994
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Livros didáticos são modificados

JAIME SPITZKOVSKY
DE PEQUIM

Para manter o monopólio do poder durante as próximas décadas, a ofensiva propagandística do Partido Comunista também olha para as gerações mais novas. O governo pediu às editoras que usem mais tintas patrióticas em seus livros didáticos.
No começo de outubro, o Departamento de Propaganda do Partido Comunista divulgou o programa educacional patriótico, para ser um pilar ideológico na fase de implantação da economia de mercado.
Em vez de clássicos do marxismo e do maoísmo, os alunos vão carregar em suas mochilas mais livros de história, biografias de heróis chineses e também manuais de ciência e tecnologia.
Assim, o Partido Comunista espera cultivar quadros patriotas e qualificados para dirigirem Pequim no próximo século, quando a China poderá se transformar na maior economia do planeta. O país, empurrado pelas reformas capitalistas, coleta a mais alta taxa anual de crescimento econômico no mundo.
A Administração de Imprensa e Editoras, encarregada de anualmente produzir um relatório sobre o caminho dos livros didáticos na China, já dá os retoques finais no seu próximo plano quinquenal (1995-2000). As 546 editoras preparam suas páginas para uma grande dose de nacionalismo.
(JS)

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