São Paulo, segunda-feira, 28 de novembro de 1994
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Curador vê 'mentira e má-fé'

DA REPORTAGEM LOCAL

Nelson Aguilar, 49, curador da Fundação Bienal, diz que as ofensas de Julian Schnabel a ele foram provocados por uma "mentira" dita pelo jornalista Bernardo Carvalho na pergunta sobre a morte da pintura.
"Eu nunca disse que a pintura havia morrido. Escrevi no programa da Bienal que o suporte, a tela, havia chegado a um esgotamento nos anos 60 e aí ele se expandiu. O que houve nos anos 80, com a volta à pintura, foi uma compressão", afirma.
Aguilar diz que o jornalista agiu de "má-fé": "Quando alguém diz para um pintor que a pintura morreu é claro que ele sai xingando. Eu não prego a morte da pintura. O jornalista banalizou minha concepção de Bienal."
O curador acredita que Schnabel notou que o jornalista havia dado uma "informação errada" a ele ao ler o catálogo bilíngue da Bienal.
O jornalista Bernardo Carvalho reafirma que a pergunta publicada é idêntica à gravada em fita: "O curador da Bienal defende a tese de que há uma crise do suporte (tela). Você concorda? Acha que a pintura está em crise?"

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