São Paulo, domingo, 4 de dezembro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Economista fez carreira no setor público
DA REPORTAGEM LOCAL O carioca Pedro Sampaio Malan, nascido em 19 de fevereiro de 1943, formou-se engenheiro, mas fez toda sua carreira como economista no setor público.Fez pós-graduação em economia na PUC do Rio e doutorado na Universidade da Califórnia. Além das atividades acadêmicas, trabalhou como coordenador no Rio do Instituto de Planejamento Econômico e Social (Ipea). Em 1978, fundou e foi o primeiro presidente do Instituto de Economistas do Rio de Janeiro. Nesse cargo, participou ativamente do debate sobre política econômica do regime militar. Crítico, envolveu-se em duas polêmicas que marcaram época, sobre distribuição de renda e dívida externa. Na primeira, criticou a doutrina oficial segundo a qual a renda cresce e se concentra para depois ser distribuída. Na segunda polêmica, escreveu no semanário alternativo "Movimento" o artigo "O rabo está balançando o cachorro", onde mostrava como a dívida externa determinava, para pior, a economia nacional. Em vez do endividamento ajudar o desenvolvimento, o país todo estava trabalhando e se endividando mais para servir a dívida. Em 1983, quando foi levado a deixar o Ipea por pressões políticas, Malan foi convidado para trabalhar na Organização das Nações Unidas, em Nova York. Ficou lá até 1986, quando, indicado pelo governo brasileiro, tornou-se diretor-executivo no Banco Mundial, em Washington. Ficou dois anos como titular, dois como suplente. Em 90, indicado pelo governo Collor, tornou-se diretor-executivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Dois anos depois, voltou ao Banco Mundial, onde estava quando FHC o trouxe para o Banco Central. Em 1991, ainda durante o governo de Fernando Collor, Malan foi designado negociador oficial da dívida externa brasileira. Texto Anterior: Indicado resistiu Próximo Texto: Cargo e salário no exterior são trocados por BC Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |