São Paulo, domingo, 4 de dezembro de 1994
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Racionamento não eleva nível de represa

DA REPORTAGEM LOCAL

O racionamento de água na zona sul de São Paulo completou um mês ontem. Apesar do rodízio, não houve alteração significativa no nível da represa Guarapiranga.
Anteontem, a represa –que abastece 280 bairros e 3,3 milhões de habitantes da zona sul– estava com 31,2% de seu volume normal. Há um mês, estava com 30,4%.
Com o rodízio, foram economizados 6,9 milhões de m3 de água. O presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Luís Appolônio Neto, 46, disse que a economia ficou abaixo do esperado.
A principal razão foi o aumento de 7% no consumo nos dias em que não havia corte no fornecimento de água. Esse aumento foi causado sobretudo pelo hábito de armazenar água em baldes e bacias nos dias que antecedem o corte.
Os bairros da zona sul que mais desperdiçaram água foram: Morumbi, Santo Amaro, Jardins, Alto de Pinheiros, Butantã e Chácara Flora. Os campeões de economia foram Capão Redondo e Americanópolis, seguidos por Jabaquara, Interlagos e Vila Mariana.
Appôlonio disse que faltou colaboração da população e que o nível da represa só não caiu por causa das chuvas do final de novembro. "Se não tivesse chovido forte, precisaríamos aumentar o número de horas de corte", disse.
Em novembro, choveu 185,4 milímetros na Guarapiranga, 15% acima da média histórica do mês, que é de 132 milímetros.
O dia mais crítico para o sistema Guarapiranga foi em 17 de novembro, quando a represa chegou a 27,5% de seu volume normal. Se o nível ficasse abaixo de 20%, o fornecimento teria que ser cortado até o volume se normalizar.

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