São Paulo, domingo, 4 de dezembro de 1994 |
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Psiquiatra acha método 'contraproducente'
SÉRGIO MALBERGIER
"Me questiono se essa informação (fornecida pelo teste) é útil ou não. Se um pai usa esse método é porque já tem um nível de relacionamento muito comprometido dentro da família", diz o psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira. Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento ao Dependente (Proad), da Escola Paulista de Medicina da USP, recomenda uma conversa aberta com o filho. "Se o pai sente algum tipo de omissão, deve procurar algum especialista para saber se não é paranóia sua e buscar orientação para ele e para o filho", afirma. Para Silveira, o uso do teste do cabelo pode ser até "contraproducente", pois desestimula o diálogo e a confiança. No Reino Unido, pais que utilizaram o teste se disseram satisfeitos. Sandra, uma professora de segundo grau, testou seu filho de 17 anos e detectou o uso de haxixe e "ecstasy". "Não estou dizendo que não vai acontecer de novo, mas acho que o teste o deixou com medo", disse ela a um jornal britânico. A professora agora quer introduzir o teste na escola em que dá aulas. (SM) Texto Anterior: Teste caseiro 'denuncia' filho drogado Próximo Texto: Caso Paiakan abre discussão sobrepunições para os índios Índice |
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