São Paulo, domingo, 4 de dezembro de 1994
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Política cambial atrai críticas

DA REDAÇÃO

Entre os males e as virtudes do câmbio se debatem o governo e seus críticos. A vocação exportadora do país se tornou tradição. O governo acha que este hábito não deve se manter, pois impediu a modernização econômica da forma como foi conseguida –pela proteção ao parque industrial brasileiro.
Economistas de fora do governo (divididos entre si) acham que esta política é errada e que a equipe de FHC brinca com fogo ao inverter o fluxo do comércio internacional.
A questão se tornou um xadrez teórico. O BC acha que o mercado deveria por si só determinar a paridade do real. Com juros na lua e US$ 40 bilhões de reservas, o dólar tinha que se desvalorizar. E isto seria bom para baixar a inflação.
Os críticos acham que uma vez que o fluxo de mercadorias se volte contra o país, não há como se prever o fim do processo. Ele tende, potencialmente, ao desastre –na ausência de corretivos, que variam muito. O câmbio é o ponto mais polêmico do real e o mais sujeito a mudanças no novo governo.

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