São Paulo, segunda-feira, 5 de dezembro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
CD-Rom é opção divertida
MARIA ERCÍLIA
É que por preguiça ou opção estética, ninguém pôs "help" ou instruções em lugar nenhum, o que torna a exploração do CD bem mais divertida. Uma tela simpática com umas engrenagens, e você vai descobrindo que porta se abre para quê. Para comprovar que a ausência de indicações é premeditada, clique no ponto de interrogação... Claro que os filmes têm quatro dedos de largura por três de altura, e o som e a imagem não são perfeitos. E daí? Para quem faz questão, tem a fita do festival também. No CD-Rom você pode ver 38 vídeos de um minuto (incluindo a mostra "Os 12 Trabalhos de Hércules"), e a foto dos diretores, ler nove críticas de 20 linhas (e ver a foto dos autores), e brincar de químico, selecionando "misturas" de sensações que teoricamente correspondem a um trabalho X ou Y. CD-Rom é um meio complicadinho; provavelmente porque é novo, não se sabe muito bem como explorá-lo. Parte dos títulos que existem funcionaria melhor em livro, que é mais gostoso de ler, outra parte em filme, que tem mais qualidade. A tendência a exagerar nos efeitos visuais e sonoros irrita: excesso de cores e texturas e barulhos gratuitos. O que funciona melhor até agora são mesmo as obras de referência –é cômodo para pesquisar e cabe muita informação no CD. O CD-ROM do Minuto escapa dos vícios habituais: não está entupido de música e locução, e não parece um pesadelo dos Jetsons. O projeto gráfico de Marcelo Masagão lembra as vinhetas da MTV. Funciona. A realização da Agência Observatório é impecável: fácil de instalar e de usar. Texto Anterior: Festival do Minuto traz 31 produções Próximo Texto: Documentário devassa a síndrome Carmen Miranda Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |