São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994
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Para paulistanos, Collor não será preso

DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 08/12/94

Em alguns exemplares desta edição, o quadro desta reportagem trazia a informação de 81% dos entrevistados pelo Datafolha consideram o ex-presidente Fernando Collor de Mello inocente do atos de corrupção de que é acusado. Na realidade, 81% consideram Collor culpado.
Na opinião de 87% dos paulistanos, o ex-presidente Fernando Collor de Mello não irá para a prisão, embora 56% sustentem que ele deveria ser condenado e preso.
Este é o resultado de pesquisa feita ontem pelo Datafolha na cidade de São Paulo. Foram ouvidas 1.080 pessoas a partir de 16 anos.
A pesquisa mostra que 37% dos paulistanos gostariam que Collor permanecesse em liberdade. Destes, 19% defendem que ele seja condenado mas não preso enquanto 18% querem que o ex-presidente seja absolvido.
Collor começa a ser julgado às 9h de hoje no Supremo Tribunal Federal, acusado de ter cometido crime de corrupção passiva.
Mais da metade das pessoas ouvidas (60%) sustentam que a corrupção hoje é igual a que existia antes do impeachment do ex-presiente e da prisão de PC.
A pesquisa também mostra que nos últimos dois anos a opinião pública oscilou com relação ao suposto envolvimento de Collor com PC Farias em casos de corrupção.
Em agosto de 1992, apenas 5% das pessoas dizam que Collor não estava envolvido com PC. Na pesquisa feita ontem, são 10% os que acreditam que Collor não tem participação nenhuma em atos ilícitos que teriam sido cometidos por PC.
Diminuiram aqueles que dizem que não votariam em Collor de jeito nenhum. Pesquisa feita em janeiro de 1993 apontava que 92% declaravam não votar em Collor sob nenhuma hipótese. Ontem, 85% sustentam a mesma opinião.

Foram entrevistados ontem 1.080 eleitores, a partir dos 16 anos, na cidade de São Paulo. A direção do Datafolha é exercida pelos sociólogos Antônio Manuel Teixeira Mendes e Gustavo Venturi, tendo como assistentes Mauro Francisco Paulino, Emilia de Franco e a estatística Renata Nunes César.

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