São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994 |
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Estudante achava que não sairia vivo André Penido diz como foi o sequestro ESTELA MARI VESARI
Penido foi sequestrado em 19 de novembro e libertado na última sexta. O estudante concedeu entrevista exclusiva à Folha ontem, em sua casa. Folha - Como você foi abordado na noite do sequestro? Penido -Fui fechado por um Tempra na esquina de casa. Duas pessoas entraram no carro e me jogaram no banco de trás. Folha - Como era o cativeiro? Penido - Fiquei trancado dentro de um banheiro, com cerca de 5 m2. Recebia comida três vezes por dia. Eles punham música alta 24 horas por dia. Folha - Os sequestradores deixaram alguma pista que possa auxiliar a investigação? Penido - Um deles tinha sotaque carioca. Parecia que queriam que eu pensasse que estava no Rio –me mostraram os jornais "O Globo", "O Dia" e "Tribuna da Imprensa". Folha - Você tem noção do armamento usado por eles? Penido - Eles ficavam dizendo que tinham metralhadoras. Mas em nenhum momento eu vi ou toquei em alguma arma. Folha - Você foi agredido? Penido - Não. Eles diziam que eu ia sair vivo, mas que começariam a me espancar caso minha família demorasse a pagar o resgate. Eu não confiava na palavra deles. Texto Anterior: SP tem 7 assaltos a banco em oito horas Próximo Texto: Polícia prende três suspeitos de tráfico Índice |
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