São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994
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Empregada morre no 1º dia de trabalho

AURELIANO BIANCARELLI*

AURELIANO BIANCARELLI; DANIELA FALCÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

A empregada Marylei Soares Bezerra de Menezes, 38, morreu ontem às 9h10 ao cair –ou saltar– da janela do 13º andar de um prédio de classe média em Higienópolis (região central).
Seu corpo só foi retirado 9 horas e 20 minutos depois. Por entre as folhas de jornais, as crianças do condomínio podiam observar o relógio de plástico e a tiara preta de notas musicais verdes que usava.
Marylei era diarista e estava limpando os vidros do apartamento da professora universitária Ida Kaplanas, 55. Tinha sido enviada pela agência de recrutamento Lisboa e trabalharia apenas ontem naquela casa. Receberia R$ 20,00.
Às 18h30, um camburão levou o corpo. Os policiais registraram o fato como "morte a esclarecer".
Aparentemente, Marylei não tinha motivos para se matar. Na agência Lisboa, onde trabalhava desde março passado, era tida como responsável e pontual.
Era solteira, não tinha filhos e morava num albergue da avenida 23 de Maio. Ontem pela manhã comentou com colegas da agência que ia economizar dinheiro. Queria passar o Natal em Guararapes, onde nasceu e tem parentes.

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