São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994 |
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Empregada morre no 1º dia de trabalho AURELIANO BIANCARELLI* AURELIANO BIANCARELLI; DANIELA FALCÃO
Seu corpo só foi retirado 9 horas e 20 minutos depois. Por entre as folhas de jornais, as crianças do condomínio podiam observar o relógio de plástico e a tiara preta de notas musicais verdes que usava. Marylei era diarista e estava limpando os vidros do apartamento da professora universitária Ida Kaplanas, 55. Tinha sido enviada pela agência de recrutamento Lisboa e trabalharia apenas ontem naquela casa. Receberia R$ 20,00. Às 18h30, um camburão levou o corpo. Os policiais registraram o fato como "morte a esclarecer". Aparentemente, Marylei não tinha motivos para se matar. Na agência Lisboa, onde trabalhava desde março passado, era tida como responsável e pontual. Era solteira, não tinha filhos e morava num albergue da avenida 23 de Maio. Ontem pela manhã comentou com colegas da agência que ia economizar dinheiro. Queria passar o Natal em Guararapes, onde nasceu e tem parentes. Texto Anterior: Juiz acaba com praia de nudismo no Rio Próximo Texto: Leitor reclama contra atraso na restituição do IR Índice |
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