São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994 |
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Time corintiano corre risco esta noite
ALBERTO HELENA JR.
Mas, além de Éder, que mais? O espírito de luta de Éder Lopes e Darci? O oportunismo desse menino Reinaldo, que está mais para o Rei Dadá do que para o Rei Reinaldo? Seria pouco, caso o Corinthians não vivesse hoje uma grave crise de identidade, expressa claramente nos problemas alinhados com esmero pelo Matinas ontem, aqui mesmo. Entre outras coisas, Souza faz uma falta danada a esse meio-campo. É quem lhe dá o toque de classe indispensável ao setor mais nobre de uma equipe de futebol. Está fora, como Viola, o diferencial, que ultimamente, porém, se confunde com qualquer outro. Por sorte, Marcelinho tem se desdobrado, tanto participando da armação quanto resolvendo lá na frente, com suas assistências magistrais e seus disparos indefensáveis. Também é pouco. Mas, quem sabe, não será o suficiente? Já entre os verdes, amanhã, o equilíbrio é pra cima. Ambos têm dois bons times, entrosados etc., mas não poderão contar com suas duas maiores estrelas: Edmundo, suspenso, e o artilheiro Amoroso, contundido. Sem Edmundo, o Palmeiras tem sido um time convencional, mas sem alma. Sem Amoroso, o Guarani deu a volta por cima no São Paulo. Mas aquilo foi no calor do jogo. Júlio César entrou, fez o gol e tudo o mais. Amanhã, não. Ambos entram frios e começa outra história. Aliás o equilíbrio entre Palmeiras e Guarani começa no miolo da zaga. De um lado, Cláudio e Jorge Luís (como esse jogador não se fixou no Corinthians, na Lusa e no Vasco?); de outro, Antônio Carlos e Cléber. E termina lá na frente, com dois goleadores respeitáveis –Evair e Luizão, um centroavante que vale por toda uma linha de ataque. Mexe-se pra cá, pra lá, escapa em alta velocidade pra ser lançado e aparece na área sempre no ponto certo de finalização. O que pode desequilibrar esse jogo amanhã noite é o peso histórico das camisas. Mas, até nisso, não se pode apostar com os olhos fechados. Afinal, essa escrita o Guarani já quebrou diante do mesmo Palmeiras, em 78, lembram-se? Assim, resta tão somente a vantagem que o Palmeiras leva no banco, onde sentam-se jogadores de melhor nível. Texto Anterior: Começam as semifinais Próximo Texto: Pereira quer jogar 'com o regulamento' Índice |
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