São Paulo, quarta-feira, 7 de dezembro de 1994
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Craxi tem nova condenação

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A última atuação de Antonio di Pietro na Operação Mãos Limpas foi pedir a um tribunal pena de 10 meses de prisão para Umberto Bossi, líder da Liga Norte, partido que integra a coalizão de governo.
Antes, Bossi havia dito que, se Di Pietro renunciasse, "seria o Ministro da Justiça perfeito".
Bossi e Alessandro Patelli, ex-tesoureiro da Liga, são acusados de receber financiamento ilegal para a eleição de 1992 no caso Enimont –chamado "a mãe de todos os processos de corrupção".
O caso envolve 24 acusados de receber cerca de US$ 100 milhões do grupo Ferruzzi. O grupo distribuiu propinas a partidos e líderes políticos para se livrar sem prejuízos da falida Enimont –uma sociedade montada com a ENI, estatal de energia italiana.
Um dos acusados no caso é o premiê socialista Bettino Craxi. Di Pietro pediu ontem três anos e quatro meses de prisão para ele.
Em outro processo, Craxi foi condenado a cinco anos e meio de prisão por receber propinas para facilitar acordos da empresa SAI com a ENI.
Craxi já foi condenado a oito anos e meio por receber USS$ 7 milhões para liberar empréstimo para o Banco Ambrosiano.
Craxi está em sua casa de praia na Tunísia sob alegação de que sua saúde não lhe permite viajar.

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