São Paulo, quinta-feira, 8 de dezembro de 1994
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FEI identifica crise nos cursos de graduação

DA REPORTAGEM LOCAL

A FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), de São Bernardo do Campo (18 km a sudeste de São Paulo), é uma das mais renomadas do Estado.
Entre os cursos mais famosos está o de mecânica com opção à área automobilística, segundo o vice-diretor de Desenvolvimento e Extensão da FEI, Dalton Rubens Maiuri, 55, que vê uma crise no ensino de engenharia.
"A gente sente essa tendência através de uma oscilação na procura pelo curso de engenharia. Está acontecendo em todas as escolas. Mas não chega a afetar o preenchimento de vagas."
Para driblar a crise, segundo ele, a FEI procura sempre atuar em novas áreas do conhecimento –qualidade, produtividade, informática e informática aplicada à engenharia. A FEI também se intitula como a única a ministrar o curso de engenharia têxtil.
Mas, como reflexo da crise, está a estagnação do curso de graduação. "A categoria parou no tempo. No Brasil, o número de vagas oferecidas nessa modalidade já chegou a um número exagerado", afirma o professor Maiuri.
"O curso de graduação é difícil de ser alterado. Por isso não participa tanto das mudanças que estamos promovendo", diz.
Segundo ele, a novidade esta no investimento feito em cursos de pós-graduação. "Eles existem para especializar nossos estudantes. Achamos que o curso de graduação deve proporcionar uma formação básica."
Entre os cursos de especialização (lato sensu), estão o de informática aplicada para executivos e qualidade e produtividade.
Em São Paulo serão realizados os de engenharia de segurança do trabalho, refrigeração e ar-condicionado, além do curso de gerenciamento de manutenção. As inscrições serão abertas no dia 16 de janeiro, uma segunda-feira. "Precisamos dar formação mais detalhada para o estudante."

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