São Paulo, sábado, 10 de dezembro de 1994
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Para família, não foi fatalidade

PAULO FERRAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A família das duas meninas mortas não acha que o acidente tenha sido uma fatalidade. Segundo o padrinho de Sueli, o motorista Nelson Silva Mota, 38, a família acha que alguém tem de ser responsabilizado pelo acidente.
"Como é que uma pessoa constrói um muro dessa forma. Não existia nenhuma viga de sustentação. Eles simplesmente foram colocando um bloco sobre o outro, sem preocupação com a segurança", disse ontem Mota.
As duas meninas mortas no acidente estavam anteontem na casa de Mota. Elas tinham ido visitar o padrinho de Sueli, que mora bem perto do local.
"As crianças saíram e foram comprar fichas de telefone e tomar refrigerante no outro lado da rua. Quando voltavam, o muro caiu em cima delas", conta Mota.
Os pais de Karina e Sueli eram separados e as duas moravam com o pai, Antonio da Silva Nascimento, e a irmã Luciana, que sobreviveu ao acidente.
"A Luciana sofreu um corte no supercílio, hematomas no rosto e luxação nas duas pernas. O pai, quando soube do acidente, entrou em estado de choque e teve que ser internado no Hospital Evaldo Foz", disse o padrinho.
O dono do depósito de material de construção e motorista do caminhão que provocou a queda do muro disse que não teve culpa no acidente (leia texto ao lado).
(PF)

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