São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 1994
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PSDB se divide sobre votação

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O PSDB está dividido sobre a linha que adotará na votação na Câmara dos Deputados da anistia ao senador Humberto Lucena. No Senado, o partido votou a favor.
Mas entre os tucanos da Câmara há mais resistências à aprovação do projeto. O deputado José Aníbal (PSDB-SP) disse que a tendência do partido é votar contra a urgência na apreciação do projeto.
No Senado, a anistia foi votada em regime de urgência. Para Aníbal, a opção contra a urgência é um indicador de que a maioria dos peessedebistas discorda do projeto.
O deputado Tuga Angerami (PSDB-SP) disse que a anistia a Lucena terá uma "repercussão péssima". Para ele, "é muito ruim que isso ocorra no mesmo momento em que a sociedade quer fazer uma faxina nas instituições".
A anistia a Lucena é um assunto que incomoda os tucanos. O governador eleito de São Paulo, Mário Covas, se recusou ontem a falar sobre o tema. Na última sexta-feira, porém, mostrou-se favorável ao perdão.
"Se eu estivesse presente à votação e meu partido tivesse decidido votar favoravelmente, eu votaria a favor", afirmou. Mas ele não compareceu à votação da anistia.
Além de Aníbal e Angerami, outros deputados do PSDB que se reuniram ontem em São Paulo evitaram abordar o assunto. O ex-governador paulista Franco Montoro disse que só se manifesta depois de ouvir o partido.
O vice de Covas, deputado Geraldo Alckmin, também quer primeiro ouvir o partido.

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