São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Adiada decisão sobre prisão de empresários

ABNOR GONDIM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

A juíza Ruth do Couto Gurjão adiou para março de 95 a decisão sobre o pedido de prisão preventiva apresentado pela Promotoria da Fazenda contra cinco empresários da Visão, uma das maiores lojas do shopping Iguatemi, no centro de Belém (PA).
Eles são acusados de emitir notas fiscais frias. O promotor Nelson Pereira Medrado afirma que está em torno de US$ 15 milhões o valor da sonegação calculado pelos fiscais de tributos.
Eles fizeram o cálculo após apreender 239 blocos de notas fiscais feitos em duplicata, parte de um lote de 19 mil blocos impressos pela empresa com autorização da Secretaria Estadual da Fazenda.
O diretor da Visão, Ricardo Pio, disse à Agência Folha que a empresa está sendo "vítima de arbitrariedade".
Segundo ele, o promotor arbitrou um valor hipotético de sonegação, sem nenhuma prova de que todos os 19 mil blocos impressos foram feitos em duplicata.
"Houve erro nas gráficas durante a marcação dos blocos apreendidos, o que provocou a duplicidade", disse o empresário. "Mas o promotor queria que entregássemos os demais 18 mil e poucos blocos em duplicidade que não existiam", declarou.
O promotor diz acreditar que todos os 19 mil blocos foram feitos em duplicata. "A numeração dos blocos apreendidos não é sequencial, o que corrobora a conclusão de que todos os blocos foram impressos em duplicata", disse.
Segundo o promotor, os denunciados mandaram fazer nas gráficas os blocos em duplicidade, sendo um autêntico e outro falso, mas ambos com a mesma numeração.

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