São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 1994
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Último disco de Tom Jobim atinge 120 mil cópias

ROBERTO MACHADO; RONI LIMA; SILVIA BITTENCOURT
DA SUCURSAL DO RIO

A morte de Tom Jobim impulsionou a venda de seu último disco. Pela primeira, vez um trabalho do compositor vendeu mais de 100 mil cópias, conquistando um disco de ouro.
A gravadora Som Livre registrou até ontem a venda de 120 mil unidades em todo o país de "Antônio Brasileiro".
A corrida atrás do último trabalho de Jobim começou logo depois do anúncio de sua morte: 5.000 unidades foram vendidas só no Rio em duas horas.
O disco (em CDs, LPs e cassetes) foi lançado no início de novembro. Até a morte do compositor, 60 mil unidades tinham sido vendidas e repassadas às lojas. De quinta até ontem, lojas em todo o país encomendaram mais 60 mil unidades.
O problema agora, para a Som Livre, é correr para conseguir prensar rapidamente as cópias já vendidas, entregando-as antes do Natal.
O estoque da gravadora está vazio. Cerca de 80% das vendas são representados por CDs.
Exterior
A imprensa alemã deu destaque à morte de Tom Jobim. O jornal de esquerda "Taz", de Berlim, foi o que deu mais espaço para a notícia. Na capa, informou: "O Rio de luto: o rei da Bossa Nova está morto".
Na página 2, dedicada a temas atuais, um extenso artigo de sua correspondente no Rio, Astrid Prange, abordou a vida do compositor e seus maiores sucessos.
O conservador "Frankfurter Allgemeine Zeitung" informou a morte de Tom no caderno cultural. Um pequeno texto analisou a importância da bossa nova.
O "Tagesspiegel", de Berlim, destacou a morte de Jobim na capa do caderno cultural, lembrando que Ella Fitzgerald, Frank Sinatra e Stan Getz também interpretaram "Garota de Ipanema".
O presidente português, Mario Soares, mandou um telegrama ao presidente Itamar Franco, manifestando "sincero pesar" pela morte do "grande poeta e compositor" Tom Jobim.
Colaborou Silvia Bittencourt, especial para a Folha de Berlim

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