São Paulo, terça-feira, 13 de dezembro de 1994
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Do PT ao governo; Prêmio Abrace; A propósito; Anistia a Lucena; Papai Noel negro; Memória de Tom;

DO PT AO GOVERNO

"O professor Francisco C. Weffort vem contribuindo, há anos, para a mudança da cultura política brasileira com os seus estudos sobre a democracia. Agora, no governo de FHC, poderá ampliar ainda mais a sua contribuição, estendendo-a a outras atividades da cultura em geral."
José Álvaro Moisés, Lurdes Sola, Maria Hermínia Tavares de Almeida, professores do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Prêmio Abrace
"Receba Luís Nassif meus cumprimentos por sua escolha pelo Prêmio Abrace. Faço votos de que esta distinção seja um estímulo a mais na condução da carreira desse profissional."
Jorge Gerdau Johannpeter, empresário (São Paulo, SP)

A propósito
"Se Collor e PC forem absolvidos, proponho a descriminalização da conta-fantasma."
Consuelo de Castro, dramaturga (São Paulo, SP)

Anistia a Lucena
"O país todo está escandalizado com a anistia ao senador Lucena. Os responsáveis, como sempre, passam despercebidos. É preciso vasculhar a Folha de 10/12 para encontrar uma única frase, perdida na pág. 1-9, registrando que 'o PSDB votou integralmente pela anistia'. O voto de partidos como PMDB, PFL, PTB etc. é previsível e não causa curiosidade. Mas é mais fácil parecer um partido limpo quando a imprensa ajuda a esconder as pequenas indecências..."
José Augusto Vasconcellos Neto (Campinas, SP)

"Inacreditável até onde pode ir a ousadia desses senadores que aprovam lei específica para proteger um amigo. Quando o assunto é legislar em causa própria, não existe ética e moral."
Marcelo Batista (Belo Horizonte, MG)

Papai Noel negro
"Hoje tenho um misto de revolta e tristeza. Jamais escrevi qualquer coisa contra quem quer que seja, mas não aguentei quando li na Folha de 29/11 'Papai Noel negro gera protestos'. Ao sr. Francisco Lima Dutra, congratulações pela atitude tomada, acreditando tão-somente na opinião das crianças. Por mais diversas que sejam as surpresas, as crianças aceitarão a mudança do tipo do Papai Noel. Àqueles que querem trocar o bom velhinho, que importem um São Nicolau da Alemanha."
Synésio Taveiros de Bem (Ourinhos, SP)

"Registro meu veemente protesto contra rejeição de algumas pessoas ao Papai Noel negro em um shopping de Brasília. Ainda bem que muitas crianças não pensam assim."
Uriel Brasil Dias (Goiânia, GO)

Memória de Tom
"Conhecemos Tom Jobim em maio, aqui em Pouso Alegre, onde ele veio por várias vezes. Eu e meu neto Matheus, que tinha dois anos e meio. Tom logo cativou o garotinho, que não saía do seu lado. Quanto a mim, não podia acreditar que estava tendo o privilégio de conhecê-lo pessoalmente. No dia de sua morte, quando a televisão passou a noticiar o fato, Matheus, aquela criança, não se conformou instante algum. E, de tardezinha, quando retornei do trabalho, logo gritou para mim: 'Vovô, vovô, o Tom 'Jobinho' já sarou, ele não está mais doente, foi para o céu!"'
José Luiz Paiva Fagundes (Pouso Alegre, MG)

"Todos os comentários feitos pelo sr. Gilberto Gil, que tem o poder muito comum a políticos de falar muito sem dizer nada, sobre a trágica e inesperada morte de Tom Jobim me fazem pensar no velho provérbio: 'A palavra é de prata, o silêncio é de ouro'. Comentários como 'a música dele é maior que sua morte' e 'não consegui ficar deprimido com a morte dele', 'não consigo vê-lo como um ídolo planetário' seriam melhor contribuição para este momento unânime de dor nacional e internacional se não fossem ditos, mas guardados para si próprio."
Mauricio Fernandes de Castro (Belo Horizonte, MG)

Censura risível
"Venho manifestar-me face à notícia veiculada nesse jornal sob o título 'CRM considera médicos culpados de contaminação de dona-de-casa' (26/11). Enquanto critica-se o fincar de baionetas no solo do Rio, fechamos os olhos ao berço esplêndido em que ainda repousa o CRM (Conselho Regional de Medicina-SP), eis que quanto aos médicos que contaminaram com o vírus da Aids uma dona-de-casa parturiente, aplicou-se a repugnante, senão risível, pena de censura pública."
Edson Zampar Júnior (Guaxupé, MG)

Presidiárias
"Gostaria que a Folha fizesse reportagem mostrando a condição feminina nos presídios do Brasil. Injusta pela fragilidade, maternidade (de muitas) e delitos que, na maior parte, não justificam cárcere penoso."
Douglas Ferrari Carneiro (Santo André, SP)

Presidência da Câmara
"Está de parabéns Josias de Souza pelo seu artigo 'Palavras longevas' (24/11). O assunto merece manchete na primeira página, o que pode contribuir para chamar a atenção dos parlamentares novatos para o direito e dever que têm de escolher os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado."
Maria Lucia Boarini (Maringá, PR)

Feliz e menos descrente
"Quero registrar o meu agradecimento a Celso Cardoso, da cidade de Bastos (SP). Estava eu trafegando de moto em sentido Tupã-Araçatuba quando dei por falta da minha mochila de couro com todos os meus pertences. Desisti da viagem e voltei para casa chateado. Mas qual não foi a minha surpresa ao chegar em Paraguaçu Paulista: recebi um telefonema do sr. Cardoso dizendo ter achado a minha mochila. Hoje estou mais feliz e menos descrente da humanidade..."
José Carlos Gomes Machado (Paraguaçu Paulista, SP)

Ferrovias
"Enquanto o governo fala em reiniciar as obras da Norte-Sul, esquece das ferrovias do sul de Minas, região rica em agropecuária e mineração."
Joaquim Pereira de Souza (Bertioga, SP)

Aplausos ao Exército
"Que todos se levantem para aplaudir o ato simbólico feito pelo Exército, trocando a bandeira do tráfico pela bandeira nacional. O Exército deu início a uma reocupação do Brasil para que possamos redefinir a cidadania."
Geraldo Wilson Gomes de Moraes (São Paulo, SP)

Boicote às churrascarias
"Em vez do boicote à picanha, sugiro o boicote às piranhas, 'in casu' os donos das churrascarias mencionadas, que vorazmente devoram (como tal) nosso rico dinheirinho. Explico: quando um quilo da carne custava R$ 10,20, 420 gramas custariam R$ 4,59 e eram vendidas a R$ 23,50, portanto com uma margem de 412%."
Cloves Philadelpho da Silva (Santo André, SP)

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