São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 1994 |
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Juiz arquiva inquérito sobre morte de rapaz
SERGIO TORRES
Monteiro, 48, acatou parecer do promotor federal César Rangel Coutinho, que defendeu o arquivamento do IPM por concluir que os militares mataram Pacheco, 20, em legítima defesa e "no estrito cumprimento do dever legal". Pacheco foi morto no início da noite do dia 3, supostamente ao tentar furar um bloqueio do Exército em acesso à favela. Ele e seu acompanhante, Eduardo Antônio Maia, 23, teriam atirado contra militares quando desciam o morro em uma Marajó. No carro, segundo o juiz, havia um revólver calibre 32. Pacheco foi atingido por tiros de fuzil nas costas (três vezes), na cabeça e na perna direita. Maia está preso. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio e resistência a bloqueio militar. Caso seja condenado por tentativa de homicídio, Maia pode ficar preso de 2 a 14 anos. A resistência ao cerco prevê de 6 meses a 2 anos de prisão. O juiz disse que na segunda-feira deverá interrogar Maia. Em depoimento no IPM, ele teria confessado que, ajudado por Pacheco, havia roubado a Marajó. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte de Pacheco. Caso conclua que ele foi morto por militares em serviço, o inquérito será arquivado por caracterizar competência da Justiça Militar. Texto Anterior: Morre aos 81 anos a chargista Hilde Weber Próximo Texto: Soldados revistam creche em morro Índice |
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