São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 1994
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Soldados revistam creche em morro

DA SUCURSAL DO RIO

Soldados do Exército que participam da ocupação das favelas do complexo de São Carlos e Mineira (centro do Rio) revistaram a creche Papudinho, fundada pelo suposto traficante Adilson Balbino.
Ex-presidente da Associação de Moradores do São Carlos, Balbino não foi encontrado pelos militares. Segundo Marly, funcionária da creche, ele não tem ido ao morro.
Ela disse que anteontem os soldados revistaram a casa de Balbino. Depois, detiveram Claudia, sua mulher. Segundo Marly, ela já foi liberada.
Era normal o movimento nos bares e lojas nas ruas do morro São Carlos. Como na véspera, moradores e ocupantes de carros que entravam ou saíam dos morros eram revistados.
Patrulhas formadas por dez soldados do Exército e de batalhões especializados da Polícia Militar percorriam as ruelas do morro e revistavam casas.
A existência de um mandado judicial que autorizaria a revista em todas as casas dos morros voltou a ser mencionada pelo Exército para justificar as ações. O suposto mandado não foi mostrado aos jornalistas.
O cemitério do Catumbi (que termina em uma das vertentes dos morros) foi ocupado por cerca de 80 homens. O objetivo principal desta ocupação é impedir a fuga de traficantes pelo local.

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