São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 1994
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Diagnóstico é maior preocupação

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando diagnosticado no seu início, o câncer de mama tem cura. "E na maioria das vezes não necessita sequer da retirada do seio", diz João Sampaio Goes Júnior, diretor clínico do IBCC, Instituto Brasileiro de Controle do Câncer.
A prevenção e o diagnóstico precoce tem sido a maior preocupação do IBCC, uma instituição de utilidade pública fundada há 25 anos. Neste período, mais de 1,5 milhão de mulheres passaram pelo hospital.
Graças à prevenção, a maioria das pacientes que hoje procura o IBCC chega com câncer ainda em fase inicial. Uma década atrás, a maioria chegava com câncer em estado avançado. "Conseguimos reverter esta tendência", diz Sampaio Goes.
Não é assim no resto do país, onde 80% dos doentes de câncer em tratamento estão em estágio grave. Nas mulheres de 35 a 55 anos, o câncer de mama é a principal causa de morte.
A prática do auto-exame e o consequente aumento no número de diagnósticos precoces está gerando outro problema: a necessidade de mais hospitais e centros de tratamento. "Só o diagnóstico não chega. É preciso ter onde tratar esses pacientes", diz o diretor do IBCC.
(AB)

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