São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 1994
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Cidade em SP troca antibióticos por ervas

LUIZ MALAVOLTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

O Departamento Municipal de Saúde de Arealva (386 km de SP) aboliu o uso de antibióticos e medicamentos produzidos em laboratório. No lugar, está implantando o uso de ervas medicinais.
As ervas são plantadas pela Casa da Agricultura de Arealva, num convênio firmado com a prefeitura. Arealva tem 7.000 habitantes.
O projeto de uso das ervas medicinais foi iniciado, em caráter experimental, há pouco mais de três meses. Segundo a médica Vera Lúcia Banuth, 40, responsável pelo uso de fitoterápicos (remédios feitos à base de ervas), os resultados são "excelentes".
"A população aceitou bem, pois o uso de ervas medicinais no tratamento da saúde faz parte da cultura do povo do interior", diz.
Estão sendo produzidos medicamentos para problemas digestivos, tosse, diabetes, cicatrizantes e para tratamento de úlceras de varizes. Vera Lúcia Banuth disse que todas as ervas são enviadas para o Departamento de Fitoterapia da Unesp de Araraquara (282 km de SP). "A Unesp possui equipamentos que processam as ervas e as transformam em medicamentos."
Segundo a médica, as pessoas estão obtendo bons resultados. "O medicamento fitoterápico não apresenta efeitos colaterais, como as drogas alopáticas", afirmou ela.
Segundo a médica, 90% dos casos tratados com remédios fitoterápicos apresentaram cura ou melhora do quadro. Em função disto, a produção está sendo ampliada. A Casa da Agricultura passou a plantar sálvia (para problemas respiratórios), espinheira-santa (para úlcera) e língua-de-vaca (destinada a infecções na boca, como afta).

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