São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 1994
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Ação ostensiva deve ser abandonada

DA SUCURSAL DO RIO

O comandante da Operação Rio, general Roberto Jugurtha Câmara Senna, disse ontem a um grupo de vereadores, que poderão ser abandonadas as ações "mais ostensivas", que incluem a ocupação de favelas.
Haeser e outros três vereadores (Chico Alencar, PT, Saturnino Braga, PSB, e Milton Nahom, PP) foram levar ao Comando Militar do Leste uma moção que exigia a abertura de inquérito para apurar as acusações de tortura em moradores do morro do Borel, na Tijuca (zona norte).
Os casos de tortura teriam ocorrido durante a ocupação do morro, nos dias 25 e 26 do mês passado, por tropas do Exército.
Mandado
Os militares deixaram ontem de manhã os morros de São Carlos e da Mineira, no Catumbi (zona norte), ocupados desde segunda-feira.
O Exército manteve o quartel-general improvisado na sede da Ligth (companhia elétrica), mas restringiu suas ações a rondas motorizadas e caminhadas nas ruas na base dos morros.
A empregada doméstica Durvalina Marques, 44, acusou militares do Exército de invadirem seu barraco, no morro de São Carlos (Estácio, zona norte), sem mandado judicial de busca e apreensão.
Ela disse que o barraco de sua filha Adriana, 24, também foi vasculhado por militares que não teriam apresentado documento judicial autorizando a busca.
Segundo Durvalina, o Exército estava à procura de seu filho, Ademir Marques Moreira, acusado de integrar a quadrilha de traficantes radicada na favela.

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