São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Porto Alegre pode ter racionamento

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O prefeito em exercício de Porto Alegre (RS), Raul Pont (PT), apelou ontem à população para que racione o consumo de água. A medida visa evitar a decretação formal de um racionamento.
O consumo de água aumentou nos últimos dias em função das elevadas temperaturas –em torno de 40ºC– registradas no Rio Grande do Sul. O fato também provocou cortes no abastecimento de energia elétrica devido ao grande número de aparelhos contra calor em funcionamento.
Segundo o diretor do Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos), Dieter Wartchow, o calor elevou o consumo de água por habitante de 200 litros por dia, normalmente, para 450 litros.
Cerca de 5.000 moradores da Lomba do Pinheiro, bairro da zona leste, estão sem água há dias. Segundo o Dmae, a área é abastecida pela Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), que estaria enfrentando problema de energia elétrica em sua casa de bombas.
Os moradores do local, que ontem ergueram uma barricada na rua, suspenderam o protesto à tarde, após a chegada de soldados do batalhão de choque da PM. Os moradores receberam, conforme o Dmae, carros-pipas com 54 mil litros de água. O volume não resolve o problema, mas "ajuda", disse Wartchow.
A prefeitura vai distribuir cartazes sobre o problema do consumo de água no verão. O mote da campanha é "abra a imaginação e feche a torneira", que apela para que não se gaste água lavando calçadas e carros, enchendo piscinas e regando jardins em excesso.
Wartchow disse que, basicamente, o problema em Porto Alegre é de consumo excessivo, por causa do calor. A situação é agravada pelos cortes no fornecimento de energia elétrica, que prejudicam o bombeamento da água.
O manancial do rio Guaíba se encontra estável, segundo o diretor do Dmae.
A diminuição da temperatura ontem –a máxima na capital foi de 33,4ºC e de 34,2ºC no interior, em São Luiz Gonzaga– permitiu a suspensão de um racionamento de água que entraria em vigor nas cidades de Novo Hamburgo, Portão e Estância Velha.

Texto Anterior: Presos se rebelam em Guarulhos
Próximo Texto: O orçamento da prefeitura
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.