São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 1994 |
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Empresas prevêem crescimento de 5% em 95
FRANCISCA RODRIGUES
Esta é a principal conclusão da pesquisa "Termômetro Empresarial", da Arthur Andersen entre as 500 maiores empresas nacionais e estrangeiras, em sua nona edição. A pesquisa obteve resposta de 137 empresas de diversos setores da indústria, comércio e serviços. No conjunto, elas faturam cerca de 12% do PIB (Produto Interno Bruto), diz Celso Giacometti, presidente da Arthur Andersen. Os empresários (78%) acreditam que a inflação anual de 95 ficará entre 21% e 50%. Na pesquisa anterior, 65% esperavam inflação acima de 1.000%. Para garantir este resultado eles sugerem uma reforma constitucional (93%), aceleração das privatizações (80%) e eliminação do déficit público (78%). A inflação não é mais a preocupação maior dos empresários. Pela ordem são agora a elevada carga tributária (80%), educação falha, dívida social e má distribuição de renda (72%), seguidos por corrupção e alta dos preços. A maioria dos dirigentes (88%) espera aumentar o faturamento. Com relação a produção e competitividade, 83% dos empresários estimam que em 95 vão operar acima de 80% da capacidade produtiva. Este ano, 63% utilizaram mais de 80% de sua capacidade, patamar atingido por 43% em 93. Como desvantagem competitiva, 86% dos respondentes apontaram os impostos. O estoque diminuiu em relação aos registrados na última pesquisa, reafirmando a tendência de manutenção de liquidez e de estruturas mais ágeis e enxutas, diz Giacometti. Mais de 80% acreditam que a redução da carga tributária é uma das principais soluções para a promoção do crescimento econômico, seguida pelo investimento em infra-estrutura (72%) e redução das taxas de juros (48%). As melhores oportunidades para novos investimentos são o próprio negócio (98%), compra de outras empresas (41%) e o mercado financeiro (28%). O mercado de fusão, aquisição ou joint venture deverá permanecer aquecido em 95. Para 59% dos executivos, a expansão dos negócios contemplará uma destas possibilidadess. Os principais objetivos de investimentos continuam sendo a modernização e a racionalização (85%). Para longo prazo surge como meta a diversificação das atividades (10%). As multinacionais dizem que vão aumentar os investimentos em 95 de forma "substancial" (41%) ou moderadamente (37%). Quanto ao quadro de pessoal, 35% dos empresáreios reconhecem que irão promover novos enxugamentos em 95, mas em escala de até 10% do total de funcionários. A pesquisa deste ano revela que 54% das empresas fizeram cortes de pessoal, superior ao previsto pela pesquisa anterior (41%). Texto Anterior: Discurso de FHC faz Bolsa subir 2,93% Próximo Texto: Cresce busca por qualidade Índice |
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