São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 1994 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Conjunto do Palmeiras é melhor Pelo que tenho visto dos jogos dos dois times, acho que o Palmeiras é superior ao Corinthians em termos de conjunto. Em relação ao nível técnico dos jogadores, acho que há equilíbrio. Ambos os times têm bons jogadores. Isso não significa que o Palmeiras vá vencer. Os jogadores do Palmeiras, por estarem há mais tempo juntos, se entendem dentro de campo melhor do que os do Corinthians. No Palmeiras, há um equilíbrio muito grande entre defesa, meio-campo e ataque. Já não encontro esse mesmo equilíbrio no Corinthians. Em certos momentos, surgem falhas num setor ou no outro ou até num lado do time ou no outro. São falhas que não se encontram no time do Palmeiras. Numa decisão em que exista tanta rivalidade quanto esta, em determinados momentos a decisã depende da tranquilidade de um jogador para marcar ou para salvar um gol. Depende muito do sangue-frio do jogador o acerto de uma jogada ou de um passe para um companheiro num momento decisivo. Normalmente, há um certo nervosismo e muitas chances são perdidas porque falta calma no momento decisivo. Essas chances podem decidir o título. Por isso, esse será um jogo muito igual e nervoso. Acho que ele será decidido nos detalhes e até pela sorte. As torcidas, dos dois lados, terão uma participação importante, para dar incentivo aos jogadores. O Corinthians, por exemplo, cresce muito com o incentivo da torcida. Acredito que este vai ser, até certo ponto, um jogo violento. Acho que vamos ter muitas jogadas violentas, com entradas duras e até desleais, e possivelmente expulsões, porque os jogadores não se controlam dentro dentro de campo. Os jogadores que mantiverem a calma, que se preocuparem em jogar futebol, talvez levem vantagem. É importante ter o domínio de si mesmo, para não fazer faltas desnecessárias e violentas. Se eu fosse o técnico de um dos finalistas, eu tentaria ganhar o primeiro jogo e não empurrar a decisão para domingo. O Palmeiras não pode pensar demais na sua vantagem. Se toma um gol no fim do jogo de hoje, a vantagem se inverte. O Corinthians, que não tem a vantagem, tem que tentar revertar a vantagem hoje. Não se trata de agir afoitamente, porque o time tem 90 minutos para decidir um jogo. Telê Santana, 63, colunista da Folha, escreve hoje sobre a decisão do Brasileiro. Texto Anterior: As havaianas e os calos Próximo Texto: Decisão do tribunal reforça ataque e zaga palmeirense Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |