São Paulo, quinta-feira, 15 de dezembro de 1994
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Cérebro pode conter 'detector de emoções'

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um pedaço do cérebro do tamanho de uma amêndoa pode ser responsável por ler emoções no rosto de outras pessoas, diz estudo publicado hoje pela revista "Nature".
Pesquisadores da Universidade de Iowa (EUA) estudaram o caso de mulher com uma doença rara que gera lesões nessa área do cérebro, conhecida como amígdala.
A mulher era incapaz de reconhecer expressões de raiva, surpresa ou medo na face de outras pessoas, embora conseguisse distinguir rostos diferentes.
"A partir de nossos resultados, a amígdala parece necessária tanto para reconhecer o medo em expressões faciais quanto emoções misturadas", escreveu Antonio Damasio, autor do estudo.
A amígdala fica bem no interior do cérebro, atrás das camadas laterais de tecido conhecidas como lobos temporais.
A pesquisa parece confirmar que a amígdala desempenha um papel fundamental na comunicação e nas relações sociais, escreveu John Allman, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em comentário na mesma edição da revista "Nature".
Os resultados podem trazer novas pistas para a causa do autismo, distúrbio mental em que há dificuldade de comunicação e pacientes vivem em um mundo isolado.
Outro artigo, a ser publicado em fevereiro pela revista "Brain", reforça a hipótese dos pesquisadores norte-americanos sobre o papel da amígdala.
Os cientistas responsáveis pela pesquisa estudaram um paciente epilético com lesões parciais em ambos os lados da amígdala.
O paciente apresentou dificuldade de relacionar fotografias de expressões faciais ao nome da emoção nelas expressa e a outras fotografias que representavam a mesma emoção.
Marte
Cientistas britânicos descrevem hoje na "Nature" novos indícios de que já houve água em Marte.
Os pesquisadores do Museu de História Natural, em Londres, estudaram um meteorito que quase certamente se originou em Marte e depois caiu sobre a Terra.
Eles concluíram que a constituição mineral do objeto sugere a existência de água no planeta.
O meteorito foi formado a partir da incorporação de gás carbônico da atmosfera marciana, em processos que envolviam a existência de chuvas e água na superfície.

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