São Paulo, terça-feira, 20 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bresser Pereira vai para o Itamaraty

GILBERTO DIMENSTEIN; GABRIELA WOLTHERS; EUMANO SILVA; VIVALDO DE SOUZA; GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso, definiu ontem o nome do último ministro civil que faltava para completar seu primeiro escalão. Luíz Carlos Bresser Pereira ocupará a pasta das Relações Exteriores.
O anúncio oficial da equipe que vai compor o ministério do governo FHC está previsto para amanhã. Ex-ministro da Fazenda do governo José Sarney (1985-1990), Bresser foi convidado ontem para o cargo por FHC.
Foram confirmados três outros nomes: Dorothéa Werneck para Indústria e Comércio, Paulo Paiva para o Trabalho e Israel Vargas, atual ministro da Ciência e Tecnologia, permanece no cargo.
O presidente do PMDB, deputado Luís Henrique (SC), voltou a afirmar ontem que o atual governador da Paraíba, Cícero Lucena, irá chefiar a Secretaria de Integração Regional no governo FHC.
O único ministério sem indicação é o da Marinha. Três nomes aparecem como os mais cotados. São os dos almirantes José Júlio Pedrosa, Arnaldo Leite Pereira e Mário Pereira.
O atual ministro da Previdência, Sérgio Cutolo, aceitou ontem o convite de FHC para ocupar a presidência da CEF (Caixa Econômica Federal) no futuro governo.
A equipe tem enfrentado resistências para emplacar o nome do ex-presidente do Banco Central, Paulo César Ximenes, como futuro presidente do Banco do Brasil.
Segundo a Folha apurou, o BB é o banco federal mais cobiçado por políticos devido à sua atuação como financiador agrícola.
Há pelo menos quatro candidatos à presidência do BB além de Ximenes: o atual presidente do banco, Alcir Calliari, o ministro-chefe da Casa Civil, Henrique Hargreaves, o ministro da Agricultura, Synval Guazelli, e João Batista de Abreu, ministro do Planejamento do governo Sarney.
O grupo de parlamentares descontentes com a formação do futuro governo ganhou ontem o reforço do PTB mineiro, que pressionava pela escolha do deputado Roberto Brant para o Trabalho.
A pasta deve ficar com Paulo Paiva, que é apoiado pelo governador de Minas, Hélio Garcia.

Texto Anterior: Folha lança CD-ROM com todos os textos publicados no jornal em 94
Próximo Texto: FHC reforma o guarda-roupa
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.