São Paulo, terça-feira, 20 de dezembro de 1994 |
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Pedro Collor será enterrado amanhã
DANIELA ROCHA
O corpo de Pedro será embarcado para São Paulo hoje, no vôo das 20h da Varig, segundo o relações-públicas do Plaza Hotel de Nova York e amigo da família, Fernando de Lima. "De São Paulo, o corpo será levado a Maceió no avião de João Lyra, sogro de Pedro Collor, onde deve ser velado", disse Lima. O corpo deve chegar a São Paulo às 6h e ser levado para Maceió. Pedro era casado com Tereza e tinha dois filhos –Vítor Afonso, 8, e Fernando Afonso, 11. Tereza Collor concordou com a realização de uma necropsia. As córneas de Pedro foram doadas. Após a necropsia, o corpo do empresário foi encaminhado à agência funerária Frank Campbell, a mesma a que foi levado o corpo do maestro Tom Jobim. Segundo o empresário e amigo da família Osmar de Almeida Carneiro, os médicos afirmaram que Pedro teve um tipo de câncer raro, que ocorre em pessoas brancas e têm rápida progressão. A irmã mais nova de Pedro, Ana Luísa, voltou ao Brasil ontem à noite, acompanhada de Carneiro. Tereza ficou no apartamento, próximo ao Lincoln Center, durante toda a tarde de ontem. A demora para o embarque do corpo ao Brasil se deveu, segundo Carneiro, à dificuldade na liberação dos papéis pelo Boarder of Health (Conselho de Saúde norte-americano). O Conselho aprova a liberação do corpo após constatar que a morte não foi decorrência de doença infecciosa. Pedro estava internado em coma no Memoral Hospital desde a madrugada de sábado e respirava com a ajuda de aparelhos. Os aparelhos não foram desligados. Quando morreu, ele estava com Tereza, sua mãe, Solange Ramiro Costa, e seu cunhado, Eduardo Costa. Pedro Collor chegou a Nova York em 24 de novembro para confirmar exames que realizara no hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, e iniciar o tratamento radioterápico no Memorial Hospital. Na sexta-feira à noite ele começou a vomitar sangue. Após sofrer uma traqueotomia (incisão na traquéia) no Roosevelt Hospital, foi transferido para o Memorial. Entre a descoberta do tumor e a morte do empresário, passaram-se apenas 32 dias. LEIA MAIS sobre a família Collor à pág. 1-11 Texto Anterior: Fábio Feldman deve ser secretário do Meio Ambiente de São Paulo Próximo Texto: Collor e Collor Índice |
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