São Paulo, terça-feira, 20 de dezembro de 1994 |
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Mínimo deve ser fixado em R$ 85 para janeiro
VIVALDO DE SOUSA
O reajuste deve corresponder à variação do IPC-r de julho a dezembro –o IPC-r acumulado de julho a novembro está em 19,45% e o de dezembro deve ficar entre 2% e 2,5%. A proposta de antecipar o aumento do IPC-r de maio para janeiro de 1995 foi considerada a melhor alternativa encontrada pela equipe econômica para elevar o valor do mínimo ainda no governo Itamar. Se dependesse exclusivamente da equipe econômica, o aumento do mínimo só viria em maio, como prevê a lei 8.880. A antecipação do IPC-r deve provocar em 95 um gasto adicional de R$ 2 bilhões para o Ministério da Previdência Social, segundo estudos preliminares. A área econômica ainda vai tentar convencer Itamar a não aumentar o mínimo, mas já considera a batalha praticamente perdida. A proposta em discussão estabelece que o índice a ser concedido por Itamar vai ser descontado do reajuste previsto na lei 8.880 para maio. Isto é, o salário mínimo não vai ter nenhum aumento real (além da inflação), mas apenas reposição de perdas provocadas pela inflação após a criacão do real. Hoje, o principal argumento da área econômica é o efeito do aumento sobre o caixa da Previdência Social. O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) paga um salário mínimo a 11,2 milhões de aposentados e pensionistas. Se o mínimo aumentar, a Previdência vai precisar de recursos do Tesouro Nacional. Texto Anterior: Pela metade ; Na conta ; De volta ; Malabarismo ; Balanço final ; No páreo ; Programa de governo Próximo Texto: Corte será nas despesas, diz secretário Índice |
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