São Paulo, terça-feira, 20 de dezembro de 1994
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Venda subiu com a moeda

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

A curva de vendas nos supermercados brasileiros passou a empinar de forma gradativa desde a implantação da nova moeda.
Em julho, as vendas foram 3,7% superiores a igual mês do ano passado. Em novembro, a diferença já alcançava 15,1%.
A estimativa do setor é que dezembro fechará com crescimento de cerca de 20%.
"Mas esse ritmo de crescimento parece ter se esgotado", afirma Nelson Barrizzelli, consultor econômico da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Isso porque, na comparação do mês com o anterior, a diferença zerou em novembro. "Vai haver esfriamento no primeiro trimestre de 1995", prevê Barrizzelli.
Firmino Rodrigues Alves, vice-presidente da Apas, disse ontem que o movimento nos supermercados ficou aquém da expectativa durante o último fim-de-semana.
Mas ele acha que, a partir de amanhã, as lojas do setor lotarão, como ocorreu com os shopping centers no sábado e domingo.
Pesquisa Datafolha divulgada domingo apontou alimentos como principal item (24%) a ser consumido pelos paulistanos da classe média com o dinheiro da segunda parcela do 13º salário.
"Isso não significa que vão gastar mais do que o habitual com margarina", diz Ronald Rodrigues, diretor da Gessy Lever. "Os consumidores vão se abastecer de supérfluos e produtos sazonais, como peru e pernil". (NB)

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