São Paulo, sexta-feira, 23 de dezembro de 1994
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Meta para 95 prevê até 26% de inflação no ano

LILIANA LAVORATTI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O programa do governo do presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso, já estabeleceu como meta para 1995 uma inflação anual de 24% a 26% –o que dá entre 1,8% e 1,9% por mês.
Esta é uma das metas da equipe de transição para a economia no próximo ano. Outro objetivo é elevar de 4% para de 5% a 7% a taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país).
O governo FHC tem que superar pelo menos dois obstáculos para atingir as suas metas: acabar com um déficit público potencial de R$ 10 bilhões no próximo ano e desindexar totalmente a economia. Além disso, precisa fazer mudanças na Constituição.
O cumprimento da meta de inflação é fundamental para fazer a desindexação total em 1995. O alcance deste limite também dependerá de um rigoroso controle dos gastos públicos enquanto não for realizada a reforma fiscal.
Outro objetivo é manter sem expansão a atual base monetária ampliada, que além do dinheiro em poder do público e das reservas bancárias, inclui depósitos dos bancos no Banco Central e títulos públicos com liquidez imediata.
Segundo o BC, em novembro esse limite estava em R$ 80,078 bilhões. Para não expandir a base monetária ampliada, o governo terá de baixar a taxa de juros. Os juros altos aumentam os valores dos títulos públicos, que fazem parte da base ampliada.
A idéia é manter a atual política cambial, mas buscar a paridade de US$ 1 para R$ 1 até o final do ano. A administração da política cambial promete ser um dos pontos mais difíceis de ser administrado, já que não existe consenso na equipe econômica.

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