São Paulo, sexta-feira, 23 de dezembro de 1994
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Médicos denunciam sabotagem em hospital

AUGUSTO GAZIR
DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de medicamentos, os baixos salários e a sabotagem em equipamentos são os grandes problemas do Hospital Emílio Ribas (zona oeste), que atende a maioria dos casos de Aids do Estado.
A conclusão é de um relatório feito este mês pela Amiier (Associação dos Médicos do Instituto de Infectologia do Emílio Ribas).
A associação denuncia que há cerca de um mês faltou água quente no hospital, porque a caldeira foi propositalmente quebrada.
A UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital, recém-reformada, está cheia de baratas.
Segundo o presidente da Amiier, José Barreto, 38, o maior salário de um médico no hospital é R$ 500,00. Ele disse que, às vezes, os funcionários fazem "vaquinhas" para comprar remédios.
O diretor substituto do hospital, Décio Nitrini, 50, confirmou as denúncias da Amiier.

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