São Paulo, sexta-feira, 23 de dezembro de 1994
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'O futebol conseguiu sobreviver às guerras'

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

O sérvio Miroslav Djukic, do La Coru¤a, não sabe em que posição vai jogar na estréia da seleção da Federação Iugoslava.
"Onde o treinador me puser eu fico. Sou um jogador versátil."
O adversário do Brasil nesta tarde é formado por atletas sérvios e montenegrinos.
A carreira de Djukic, 28, ficou marcada pelo pênalti perdido no último jogo do Campeonato Espanhol 1993/94. O erro deixou o La Coru¤a na segunda colocação e deu o título ao Barcelona.
O zagueiro se transferiu para o futebol da Espanha em 1991, antes das guerras entre as repúblicas da antiga Iugoslávia.

Folha - Como joga a seleção da Federação Iugoslava?
Miroslav Djukic - Estamos começando do zero. O jogo com o Brasil será nossa primeira partida em três anos. Somos um time potente, com jogadores de prestígio internacional. Mas está justamente faltando colocar os 11 em campo.
Folha - Esses três anos de guerra prejudicaram o futebol do país?
Djukic - Talvez outros esportes sofreram muito, mas o futebol iugoslavo conseguiu sobreviver. É o esporte mais popular no país.
Folha - A geração de jogadores da qual você faz parte vai conseguir se firmar?
Djukic - Se a Iugoslávia estivesse unida, poderia ser a melhor seleção nacional de todos os tempos. Mas, para sempre, vai ficar a dúvida. Agora, separados, temos pouco tempo para comprovar que temos uma grande seleção.
Folha - Quem tem a melhor seleção, a Federação Iugoslava ou a Croácia?
Djukic - São dois times fortes. Só uma partida com as duas equipes para responder a sua pergunta.
Folha - Você joga como líbero no La Coru¤a. Sua posição muda na seleção?
Djukic - Não sei. Onde o treinador me puser eu fico. Sou versátil. Era volante no Rad Belgrado.

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